A Frente Parlamentar Contra a Prorrogação dos Contratos de Pedágio realizou nesta sexta (8), em Londrina uma audiência pública com objetivo de ouvir as entidades da sociedade civil organizada e a população sobre o tema. A opinião de todos foi unânime: ninguém aceita a prorrogação e até mesmo nova concessão no modelo atual e considera a frente parlamentar um passo para a mudança.

Participaram representantes de mais de 40 municípios da região Norte. Estavam presentes os deputados Ademir Bier, coordenador da Frente Parlamentar,  e os integrantes Cobra Repórter, Tercílcio Turini, Evandro Junior, Márcio Paulik, Anibeli Neto, Requião Filho e Palozzi, além do presidente da Federação das Indústrias do Paraná (FIEP), Edson Campagnollo, do auditor  e ex- assessor do Tribunal de Contas, Homero Marchesi e o diretor da Copavel, Dilvo Grolli e diversos vereadores.

O deputado Cobra Repórter agradeceu a presença dos londrinenses pela participação no debate, demonstrando garra e sua indignação para impedir a prorrogação. “Esse tipo de pedágio não queremos mais. A Frente Parlamentar vai fazer a diferença, vai propor uma solução e a primeira vitória foi o projeto que determina que qualquer prorrogação deva passar pela Assembleia”.

Ademir Bier afirmou que a frente não contra o pedágio, mas sim contra a prorrogação dos atuais contratos e a forma como eles estão vigentes. “Só a mobilização da sociedade vai impedir que isso continue. O projeto aprovado na Assembleia que determina que as possíveis prorrogações sejam submetidas à Alep, já é uma amarra, Temos que exigir que as obras sejam feitas”, afirmou.

O diretor da Coopavel, Cooperativa Agroindustrial, Dilvo Grolli, apresentou um levantamento feito com dados das demonstrações financeiras de 1999 a 2015, da concessionária Viapar, que demonstram que a arrecadação da empresa aumentou 850% em 16 anos, enquanto a inflação foi de 210%. “Somente as cooperativas do Oeste do Estado pagam R$ 100 milhões por ano às praças de pedágio”, enfatizou.

Diversos deputados e participantes destacaram que faltam 600 km de obras para serem feitas até 2021. Em 18 anos, apenas 40% das obras previstas para serem executadas pelas concessionárias foram feitas e faltam 60% para serem concluídas em cinco anos.

Nova audiência pública ocorre no di 11 de agosto em Umuarama.

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